[Alunos-assis] Fwd: Sintunesp subscreve documento por vacinação, já!

João Paulo Zanette joao.zanette em unesp.br
Terça Janeiro 12 14:20:09 -02 2021


---------- Forwarded message ---------
De: Sintunesp <sintunesp em unesp.br>
Date: seg., 11 de jan. de 2021 às 18:44
Subject: Sintunesp subscreve documento por vacinação, já!
To: João <joao.zanette em unesp.br>


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Sintunesp apoia documento de entidades por ‘Vacinação, já!’


*Nas últimas semanas, a politização em torno à necessária vacinação contra
a Covid 19, já iniciada em dezenas de país, chegou a extremos no Brasil,
colocando em dúvida a possibilidade de que aconteça de fato. Após muita
pressão, o Ministério da Saúde finalmente assinou contrato com o Instituto
Butantan, prevendo a compra de cerca de 46 milhões de doses da vacina
Coronavac (produzida pela chinesa Sinovac e pelo Butantan) e a sua inserção
dentro do Plano Nacional de Imunização. O Ministério também autorizou a
FioCruz a iniciar a compra da vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca
e Universidade de Oxford. No entanto, nem mesmo essas iniciativas dão conta
de tranquilizar a população de que a vacinação realmente terá início. A
cada dia, surgem novas dificuldades patrocinadas pelo negacionista governo
federal, como a incapacidade de comprar seringas e agulhas.*

*Logo nos primeiros dias do ano, um conjunto de cerca de 50 entidades
sindicais, acadêmicas, científicas e populares divulgaram manifesto
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sobre isso. O Sintunesp apoiou o documento. Acompanhe:*

"Entidades acadêmicas, científicas, sindicais e populares exigem:
VACINAÇÃO, JÁ!

Há um ano, na China surgiram os primeiros sinais de uma nova doença, a
Covid-19, provocada por um novo tipo de coronavírus. Em poucos meses,
transformou-se numa pandemia mundial, provocando a maior e mais grave crise
humanitária em tempos de paz, acentuando as condições de miserabilidade,
especialmente entre aqueles mais expostos à vulnerabilidade, como os
moradores em situação de rua, de comunidades periféricas e das comunidades
tradicionais, todos com demandas urgentes de atendimento de saúde, atenção
básica e renda para sobreviver.

A pandemia provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) impôs uma série de
restrições no modo de vida da população, quer seja pelo isolamento social,
quer seja pela adequação aos protocolos e cuidados para aqueles e aquelas
que continuaram nas funções laborais fundamentais, para que as condições
mínimas de vida fossem mantidas, mesmo com risco de contaminação, como os
profissionais de saúde, de assistência social, de segurança pública e de
serviços essenciais.

Os números de contaminados e mortes são catastróficos, no mundo e no
Brasil. Somadas as duas ondas da doença, o mundo chega, neste terceiro dia
de 2021, aos 84 milhões de infectados, com 1,83 milhão de mortos, e o
Brasil soma 7,7 milhões de doentes, com 195 mil mortos.

A urgência por vacinas que interrompam essa escalada mortífera fez com que
houvesse um enorme esforço científico mundial, de laboratórios, fundações,
universidades, instituições públicas e privadas, com pesquisas, testes e
produção das esperadas vacinas, que alimentam as esperanças da humanidade
pela cura. Desde outubro de 2020, as primeiras vacinas começaram a ter sua
liberação final para uso em escala mundial.

Na contramão desse esforço, o Governo Federal, desde o início, tem a
postura de negação da doença, e tenta impedir que os governos estaduais e
municipais protejam as suas populações com isolamento social e, em
alguns lugares, com o uso da paralisação completa da economia. Esses
governos estaduais e municipais tiveram dificuldades em comprar
equipamentos essenciais, como os usados em UTIs, respiradores, para salvar
vidas e evitar que a pandemia ficasse completamente fora de controle.

As vacinas, que trazem um alento ao combate mais efetivo da Covid-19, mais
uma vez não são prioridade do Governo Federal. O Congresso Nacional
aprovou, na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária), uma autorização prévia de
gastos não vinculados às receitas para permitir que o Governo possa gastar
no esforço da vacinação ampla. O Governo Federal, entretanto, vetou essa
previsão legal.

O Brasil é um dos últimos países do mundo em que não há plano de vacinação,
nem mesmo de compromisso de compras dos insumos básicos necessários para
essa imunização. O Instituto Butantan e a Fundação Fiocruz se somaram aos
esforços de China e Inglaterra, respectivamente, nas pesquisas e agora
produção de vacinas que podem salvar milhões de vidas. A Anvisa, no
entanto, impôs condições inaceitáveis para a liberação da produção e/ou a
importação dos insumos para a sua produção.

Constata-se, assim, objetivamente, que todos esses esforços em busca da
vacina, e até antes, no combate à pandemia, causaram uma clara divisão no
país. O Governo Federal não só nega a doença como age contra o seu combate,
numa clara demonstração de irresponsabilidade com a saúde e a vida da
população.

O veto aos gastos especiais para a aquisição das vacinas, decidido pelo
viés ideológico do ajuste fiscal, não se sustenta, pois são de maior monta
os gastos com hospitais, com UTIs, com remédios, com a paralisia da
economia, além de, principalmente, o valor inestimável da perda de vidas
humanas.

Neste momento em que há vacinas disponíveis no mercado, o governo
brasileiro não apresenta nenhum plano factível de imunização, não fez os
acordos de compras que possam cobrir a população e tem posto em dúvida a
eficácia das vacinas, propondo inclusive uma série de medidas protelatórias
que, se cumpridas, impedirão a imunização no Brasil em 2021.

São importantes as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar a
aquisição de vacinas disponíveis pelos governos estaduais, e, ao mesmo
tempo, de que a Anvisa não pode dificultar a homologação das vacinas,
seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

É preciso derrubar o veto, usar todas as instâncias e poderes para que se
reverta essa decisão absurda do Governo Federal, que atenta contra a saúde
pública e contra a vida.

Nesse sentido, as entidades que subscrevem esta nota entendem que é
fundamental a mobilização da sociedade junto aos governos estaduais, como o
de São Paulo, e aos prefeitos, para que a vacinação seja efetivada com
urgência, sem qualquer empecilho que possa retardar o combate à doença,
pois há novos picos diários de mais de 1.000 (mil) mortos e quase 50.000
(cinquenta mil) infectados, com hospitais e UTIs em risco de colapso.

Assim, as entidades defendem Vacinação, Já! Contra o veto presidencial
sobre os gastos com a vacinação!

A Vacinação Já significa defender a vida, defender a Justiça social, o
Direito Sanitário, a Democracia e o Estado de Direito, que são os
compromissos basilares da advocacia e dos Direitos Humanos.

*É urgente e é o que se precisa nesse momento tão grave.*

3 de janeiro de 2021
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João Paulo Zanette
*Trabalhando em home office no período da pandemia, APENAS no horário
comercial: seg-sex (exceto feriados) 8-12h e 13-17h*

"Em um mundo de parvos, toda mediocridade será recompensada"

Seção Técnica de Pós-graduação - UNESP/Assis
Secretário do Programa de Pós-graduação em Psicologia
Secretário do Programa de Pós-graduação em Letras - PROFLETRAS
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