[Alunos-assis] FAPESP celebra seus 60 anos com o anúncio de novos investimentos
Marcio José Gusmão Carvalho
marcio.jg.carvalho em unesp.br
Quinta Maio 26 15:16:39 -03 2022
*26 de maio de 2022*
*Karina Toledo | Agência FAPESP* – “Hoje eu quero falar de sonhos. Não de
devaneios, mas de sonhos que se tornam realidade e transformam nossas
vidas. Mudam os destinos das pessoas, criam riquezas e empregos, reduzem as
desigualdades. Ajudam as pessoas a ser felizes.” Com essas palavras o
presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, iniciou a cerimônia realizada
nesta quarta-feira (25/05) para celebrar os 60 anos da Fundação. No evento,
que reuniu expoentes da comunidade científica e autoridades políticas,
foram anunciados novos investimentos em atividades de pesquisa que ao todo
somam R$ 990 milhões.
Entre as novidades estão três Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs): um
em parceria com a farmacêutica GSK e o Instituto Israelita de Ensino e
Pesquisa Albert Einstein na área de imuno-oncologia; outro com a empresa
Ericsson e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em redes e
serviços inteligentes; e o terceiro com a Embraer e o Instituto Tecnológico
de Aeronáutica (ITA) na área de mobilidade aérea.
“Os CPEs constituem um modelo de financiamento à pesquisa que integra o
setor empresarial e o acadêmico em um arranjo extremamente eficiente. O
estado de Nova York [Estados Unidos] também adota esse modelo e conta hoje
com 15 desses centros. A FAPESP, com os três centros anunciados hoje, passa
a apoiar 23 CPEs, que no total vão mobilizar mais de R$ 1,5 bilhão em
atividades de pesquisa. Assim, os R$ 325 milhões alocados pela FAPESP são
praticamente multiplicados por cinco”, destacou Luiz Eugênio Mello, diretor
científico da Fundação.
Também foram anunciados durante a cerimônia 15 novos Centros de Ciência
para o Desenvolvimento (CCDs), cuja missão é apoiar a pesquisa orientada a
problemas, que tenha impacto social e/ou econômico específicos, responda a
desafios de órgãos públicos e que seja relevante para o desenvolvimento de
São Paulo. Entre os projetos selecionados, há iniciativas voltadas a
garantir a segurança hídrica e alimentar, a buscar soluções para resíduos e
embalagens, a desenvolver biofármacos e políticas públicas urbanas, a
promover a transição energética e a gerar inovações que melhorem a saúde
humana e animal.
As novidades incluem ainda: um edital para a criação de três novos Centros
de Pesquisa, Inovação e Difusão
<https://agencia.fapesp.br/fapesp-lanca-edital-para-selecao-de-novos-cepids/36091/>
(CEPIDs); a iniciativa Pesquisadores em Risco
<https://agencia.fapesp.br/fapesp-lanca-iniciativa-pesquisadores-em-risco/38233/>,
voltada a apoiar cientistas em países conflagrados; o Projeto Geração
<https://agencia.fapesp.br/fapesp-lanca-edital-do-projeto-geracao/38005/>,
para financiar ideias audaciosas de pesquisadores em início de carreira; o
Proeduca
<https://agencia.fapesp.br/fapesp-e-secretaria-da-educacao-vao-investir-r-30-milhoes-em-pesquisas-relacionadas-a-educacao-basica/37941/>,
programa desenvolvido com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e
focado na melhoria do ensino básico; a iniciativa Amazônia +10
<https://agencia.fapesp.br/fundo-amazonia-10-tem-a-adesao-de-dez-estados-e-recursos-iniciais-de-r-100-milhoes-da-fapesp/37216/>,
uma parceria da FAPESP com as Fundações de Amaro à Pesquisa (FAPs) da
Amazônia Legal que visa o desenvolvimento sustentável; e três novos editais
de apoio à infraestrutura em pesquisa
<https://fapesp.br/15495/fapesp-lanca-tres-chamadas-para-equipamentos-multiusuarios>
.
“A FAPESP segue fazendo regularmente, como sempre fez, a concessão de
bolsas e auxílios à pesquisa. E essas iniciativas vão crescer nos próximos
anos. Em paralelo, estamos anunciando um conjunto de atividades adicionais.
Isso é resultado da recuperação rápida da economia paulista e do
crescimento da receita estadual. Também é fruto da orientação dada pelo
Conselho Superior da FAPESP para que os recursos fossem geridos de forma
muito prudente no período da pandemia. A demanda sobre a Fundação caiu no
período, em função do fechamento de muitos laboratórios e da menor
atividade presencial nos institutos e universidades. Nós preservamos esses
recursos, mantivemos os mesmos critérios de qualidade de antes da pandemia
e agora isso nos possibilita anunciar uma série de iniciativas que vão ser
importantes para a retomada”, afirmou Carlos Américo Pacheco,
diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP.
Como lembrou Zago, nos últimos 60 anos a FAPESP concedeu 180 mil bolsas de
apoio à formação de novos pesquisadores e 130 mil auxílios à pesquisa,
sendo quase um terço deles projetos robustos, de alto valor e longo prazo.
Liderou grandes mudanças científicas e tecnológicas no país, como a
implementação da internet, da genômica e da bioinformática.
“O sonho [dos idealizadores da FAPESP] não mudou. O domínio da qualidade,
do mérito e da missão é tão relevante hoje como sempre foi ao longo das
seis décadas. Mas o mundo mudou; o Brasil mudou; a sociedade mudou. E a
FAPESP também mudou. Mudanças fazem parte da vida das instituições
vigorosas, porque aquelas que não evoluem morrem ou tornam-se obsoletas. E
a FAPESP, pelo contrário, ao mesmo tempo em que consolidou suas abordagens
mais tradicionais de apoio à pesquisa, continua abrindo novas frentes e
novas formas de promover o desenvolvimento com base no conhecimento”,
ressaltou.
Um dos acadêmicos que teve participação ativa na constituição da FAPESP na
década de 1960 foi o presidente Fernando Herique Cardoso, que enviou um
depoimento em vídeo para a cerimônia.
*Política de Estado*
O infectologista David Uip, recém-nomeado secretário de Ciência, Pesquisa e
Desenvolvimento em Saúde, representou o governador Rodrigo Garcia no evento
e reforçou o histórico compromisso do governo paulista com a ciência, a
pesquisa, a inovação e o desenvolvimento.
“O governador me deu a missão de liderar uma secretaria criada com a missão
de facilitar a interlocução entre as excelências públicas do Estado e a
iniciativa privada em todos os setores. Vamos encurtar caminhos, quebrar
muralhas que distanciam o público e o privado”, afirmou.
A importância da parceria com o setor privado também foi destacada pela
secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Zeina
Latif, que integrou a mesa da cerimônia. “A pandemia trouxe duas revelações
inesperadas: a valorização da ciência pela sociedade e a capacidade do
Estado de São Paulo de dar resposta. Os acertos nas políticas públicas e na
preocupação de reservar parte do orçamento para o fomento à ciência e à
inovação. É importante aumentar a sinergia entre as nossas universidades
para que tenhamos cada vez mais demanda por fomento. E o setor privado tem
um papel essencial não só para aprimorar as políticas, mas para que haja
ganho de escala. A gente ainda investe pouco perto das necessidades do país
e do nosso potencial. Dá para fazer muito mais”, disse.
A comunidade científica brasileira foi representada na cerimônia pela
presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader. Em sua
fala, ela afirmou que deve sua trajetória acadêmica à FAPESP, que considera
um “marco para o país”.
“Uma instituição como a FAPESP, com 60 anos de história, mostra que o
Brasil pode e sabe fazer política de Estado. E os projetos mostrados aqui
não apontam um movimento isolado. O Estado de São Paulo está olhando para o
Brasil. O governo de São Paulo conseguiu entender que educação e ciência
não são gastos e sim investimentos. Temos de recompor o que é política de
Estado e a FAPESP é um modelo”, disse Nader.
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp),
Carlão Pignatari, ressaltou em sua fala gratidão pela história que a FAPESP
está construindo por São Paulo. “Vivemos hoje uma escolha que fizemos no
passado. E as escolhas que fazemos hoje é o que vamos viver no futuro. Nada
foi mais correto que a iniciativa de constituir um fundo de amparo à
pesquisa no Estado de São Paulo – não à toa o Estado mais desenvolvido da
nossa Federação. A FAPESP tem dado apoio a todas as universidades do
Brasil, mesmo em um momento como este, com a dificuldade que alguns órgãos
federais enfrentam e os recursos para pesquisa sendo dificultados. A FAPESP
e o governo de São Paulo estão sempre junto com a ciência em defesa da vida
do nosso povo.”
Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, a esse apoio de longa data que a
FAPESP e o governo paulista têm garantido à ciência e à tecnologia se deve
a preponderância da indústria de São Paulo no cenário nacional. “Inovação e
tecnologia são a base da FAPESP e a única saída para o enriquecimento da
nossa nação e a redução das desigualdades.”
O evento contou ainda com a presença de dois ex-presidentes do Conselho
Superior da FAPESP, Celso Lafer e Carlos Vogt; do ex-diretor científico
José Fernando Perez; do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Ferreira Vilela; de reitores das
universidades públicas sediadas no Estado de São Paulo; diretores de
institutos de pesquisa; e pesquisadores.
A íntegra da cerimônia pode ser assistida no canal
<https://youtu.be/j5Chrz4Ld44> da Agência FAPESP no YouTube.
Atenciosamente,
Márcio José Gusmão Carvalho
Seção Técnica Acadêmica
Escritório de Pesquisa e Internacionalização
+55 18 3302 5872
Faculdade de Ciências e Letras de Assis
UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Avenida Dom Antonio, 2100 - Parque Universitário
CEP: 19806-900 - Assis, São Paulo, Brasil
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