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<H3 style="TEXT-ALIGN: center" class="post-title entry-title"><A
href="http://cinemafac.blogspot.com/2010/06/aguarde-nova-programacao.html">Quincas
Berro dÁgua</A> </H3>
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<DIV align=center><SPAN style="FONT-SIZE: 180%"><STRONG></STRONG></SPAN></DIV>
<DIV align=center><STRONG><SPAN
style="FONT-FAMILY: arial; COLOR: #cc0000">SESSÕES DIAS 3, 4, 10 e 11 de julho
as 20hs</SPAN></STRONG></DIV>
<DIV align=center><STRONG><SPAN
style="FONT-FAMILY: arial; COLOR: #cc0000">Ingressos: R$ 8,00 e
R$4,00</SPAN></STRONG></DIV>
<DIV align=center><SPAN style="FONT-FAMILY: arial">titulo original: (Quincas
Berro D'Água)<BR>lançamento: 2010 (Brasil)<BR>direção: Sérgio Machado<BR>atores:
Paulo José , Marieta Severo , Mariana Ximenes , Vladimir Brichta , Flávio
Bauraqui<BR>duração: 102 min<BR>gênero: Comédia </SPAN></DIV>
<DIV align=center><SPAN style="FONT-FAMILY: arial">visite o site: http:
</SPAN><A href="http://www.quincasberrodagua.com.br/"><SPAN
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<DIV align=center><SPAN style="FONT-FAMILY: arial"><FONT
color=#e1771e></FONT></SPAN></DIV><BR><BR><SPAN
style="FONT-FAMILY: arial">SINOPSE: Rei dos botecos, bordéis e gafieiras da
Bahia, o ex-funcionário público Quincas Berro d’Água é encontrado morto em sua
cama. Inconformados com sua morte, seus melhores amigos “roubam” o corpo e o
levam para uma última noite regada a festa e muita bebida. Em meio a mil
confusões, Quincas “vive” a sua segunda e definitiva morte, desta vez como
sempre sonhou. Baseado na obra de Jorge Amado. </SPAN><SPAN
style="FONT-FAMILY: arial"><BR>
<P align=center></P>
<P align=center>Veja o trailer em: <A
href="http://www.cinemafac.blogspot,com/">www.cinemafac.blogspot,com</A></P>
<P align=center><BR></P></SPAN><SPAN style="FONT-FAMILY: arial"><STRONG><SPAN
style="COLOR: #cc0000">ENTREVISTA COM O DIRETOR E
CURIOSIDADES</SPAN></STRONG><BR>Sérgio Machado guarda mais do que uma ligação
espiritual com Jorge Amado. É ao escritor que ele atribui o início de sua
carreira e a primeira grande parceria artística, com Walter Salles. Produzido
por Walter, ele dirigiu em 2001 o documentário Onde a Terra Acaba, sobre o
cineasta Mário Peixoto, diretor do clássico Limite (1931). O documentário
conquistou prêmios nos festivais de Gramado, Rio, Recife, Havana e na Mostra de
São Paulo. No ano seguinte, dirigiu para a TV Globo sua primeira adaptação de
uma obra de Jorge Amado, o especial Pastores da Noite.<BR>Em 2005, Sérgio
concluiu seu primeiro longa-metragem de ficção, Cidade Baixa, sobre um triângulo
amoroso entre dois amigos e uma prostituta na zona portuária de Salvador,
estrelado por Wagner Moura, Lázaro Ramos e Alice Braga. O filme foi selecionado
para a mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes, onde recebeu o Prêmio da
Juventude e colecionou premiações em vários festivais no Brasil e no mundo. Com
Karim Ainouz, seu parceiro artístico, dirigiu para a HBO, em 2007, a série
Alice.<BR>O cineasta construiu também uma sólida carreira como roteirista dos
seus próprios filmes e dos de seus parceiros, como Abril Despedaçado, de Salles,
e Madame Satã, de Ainouz.<BR>Com Quincas Berro d’Água, Sérgio chega ao seu
segundo longa de ficção adaptando uma das obras mais populares de Jorge
Amado.<BR>Como começou sua relação com Jorge Amado? Você chegou a encontrá-lo
pessoalmente algumas vezes.<BR>Posso dizer que devo ao Jorge o fato de fazer
cinema hoje. Comecei a filmar em uma época péssima (o auge da era Collor) e não
tinha amigos ou parentes na área. No final da faculdade de comunicação, fiz um
curta, chamado Troca de Cabeças, que acabou virando cult porque só tinha atores
negros, incluindo o Grande Othelo. Como acabou sendo o último filme do Othelo,
que morreu logo depois, o Jorge Amado – compadre e muito amigo dele – se
interessou em assistir e me convidou à sua casa. Ele me disse que acreditava que
eu tinha talento e se ofereceu para me ajudar. Não nos falamos mais, mas depois
de oito meses recebi um fax do Waltinho (Walter Salles) dizendo que queria me
conhecer. Descobri que o Jorge havia enviado a fita com meu filme a
ele.<BR>Walter me convidou para trabalhar em Central do Brasil (1997), no qual
fiz assistência de direção, casting, locação, um pouco de tudo. Três anos
depois, ele produziu meu primeiro documentário, Onde a Terra Acaba.<BR>De todas
as obras do Jorge Amado, por que filmar Quincas?<BR>Em Cannes, me surpreendi com
algumas críticas francesas falando que Cidade Baixa tinha uma forte relação com
o universo do Jorge. Para dirigir essa minha primeira ficção, eu realmente havia
(re)lido toda a obra do Jorge situada em Salvador.<BR>Ao reler esses livros,
tive vontade de adaptar para o cinema Pastores da Noite (que acabei dirigindo
para um especial da TV Globo) e A Morte e a Morte de Quincas Berro D’água. Mas
considero o Quincas o melhor livro dele. Uma enquete realizada com críticos
literários perguntava qual era o melhor livro de Jorge Amado, e foi uma barbada:
quase 60% votaram em Quincas. É um livro do ápice da carreira do Jorge, em que
ele tinha todo fôlego criativo, e já exibia uma grande maturidade.<BR>Quais os
temas presentes na história de Quincas que lhe atraíram a atenção – e que estão
presentes no filme?<BR>Quincas trata de temas que eu tangenciei nos filmes
anteriores, mas que aqui são o cerne da questão. Tenho uma grande dificuldade de
aceitar a ideia da morte, de que as pessoas que eu amo vão morrer. Fiz o Cidade
Baixa para mostrar a vontade de viver daquelas pessoas marginalizadas, o quanto
elas lutam contra um certo tipo de morte. Onde a Terra Acaba mostra um cineasta
(Mário Peixoto) que de certa forma tentou parar no tempo, deixar de viver. Na
série Alice, o suicídio do pai no primeiro episódio marca o início da trajetória
da protagonista. Creio que meus trabalhos sempre dizem que a vida, por pior que
seja, vale a pena. Em Quincas, é o assunto central. É um filme que não nega a
morte, mas a contrapõe com a vida.<BR>Outro desejo constante em minha obra é
mostrar o universo marginal, aproximar-se dessas pessoas e mostrar que elas são
bacanas. Por último, tenho uma tendência natural à comédia e ao humor. Nos meus
trabalhos anteriores, tive que botar o pé no freio na minha veia cômica, mas em
geral as partes engraçadas são escritas por mim. Por isso, no Quincas, que na
largada já era uma comédia, o roteiro saiu mais fácil.<BR>Como foi trabalhar com
Paulo José?<BR>Foi o maior presente da minha carreira de diretor. Eu achava que
não seria possível tê-lo no filme, ele teve um problema de saúde, e o filme
exigia malabarismos físicos como ficar pendurado numa estátua e ser carregado
pelas ruas enladeiradas de Salvador. Mas a Kika (Lopes, figurinista do filme e
mulher do Paulo) me contou que ele estava muito bem, já havia feito uma
cirurgia. Ele foi incrível, uma força aglutinadora no elenco. O elenco e a
equipe do filme tinham alguma coisa em comum… todos era apaixonados pelo Paulo.
A alegria dele, o prazer dele estar ali, contagiou todo mundo.<BR><BR>O Paulo
tem todas as características do Quincas – gaiato, moleque . Foi o personagem
certo na hora certa.<BR>Fizemos dois bonecos do Quincas para usar nas filmagens,
mas usamos bem menos do que eu imaginei. O Paulo conseguia entrar num estado
Alfa, como ele chama, para se fazer de morto, para ficar um tempo sem respirar.
Brincava e dormia no caixão, na maior descontração. Mesmo nos dias em que ele
não estava previsto nas filmagens, aparecia no set para dar palpites e para
ajudar os colegas a bater texto.<BR>Como você chegou aos atores que interpretam
os amigos do Quincas? E aos outros atores?<BR>Já conhecia o Luis Miranda da
série Alice e o Flávio Bauraqui desde a época do Madame Satã, do qual fui um dos
roteiristas. Não conhecia o Irandhir Santos, mas a Fátima Toledo e outros
colegas falavam tão bem dele que nem fiz teste. E o Frank Menezes eu já conhecia
bem de Salvador.<BR>A Mariana Ximenes me ligou mostrando muito interesse em
fazer o filme. Na época das filmagens, ela estava fazendo a novela (A Favorita),
e eu logo disse que ela não teria como conciliar os dois meses de ensaio no Rio
de Janeiro. Ela insistiu: “Mas vai que o filme atrasa um pouco…”. No fim,
atrasou um mês e pouco, exatamente o tempo de que ela precisava para terminar a
novela.<BR>E de onde vem sua inspiração para trabalhar também com atores
amadores?<BR>No Central do Brasil, minha primeira função foi de produtor de
casting. Desde aquele filme, chegamos à conclusão de que o melhor elenco é
aquele que mistura atores consagrados com gente nova de teatro, que vem com
vigor, e junta a eles ainda “gente de verdade”, em geral fazendo papel de si
mesmos. O malandro Dois Mundos, por exemplo, é um personagem que aparece no
Cidade Baixa e no Quincas.<BR>Como foi rodar e finalizar a cena da tempestade em
alto-mar, que envolve muitos efeitos especiais?<BR>Estudei todos os filmes que
pude com cenas de tempestade antes de preparar a do Quincas. Em termos de
efeitos especiais, acho que talvez seja uma das mais complicadas já realizadas
no cinema brasileiro. Porque o saveiro é um barco aberto; e por causa disso nós
tivemos que não apenas construir o barco digitalmente, mas todos os personagens
que estava dentro dele.<BR>Primeiro tivemos que pesquisar para saber se esse
tipo de cena era viável de se fazer no Brasil. Montamos um saveiro em tamanho
real dentro de um galpão e pintamos as paredes de verde, para usar o chroma-key.
No galpão, construímos toda a estrutura para a chuva e os raios. Ao todo, foram
quatro dias de filmagem no galpão. E fomos ao mar de verdade, filmar uma
tempestade para inserir na imagem. Para os planos mais abertos um mar e um
saveiro digitais foram construídos pelo pessoal da Tribbo. Foram vários meses de
trabalho árduo.<BR>Como foi a preparação de elenco com Fátima Toledo?<BR>Ela
chegou um pouco assustada porque nunca havia feito comédia, mas foi uma
reinvenção pra ela. Ao contrário de Cidade Baixa, no qual só havia 3 atores para
preparar, aqui havia muitos, de diferentes gerações e backgrounds. Me
interessava que os atores não levassem em conta que estavam fazendo uma comédia.
As situações que eles passam são ridículas e absurdas, mas eles viveram aquilo
com verdade e de maneira intensa. </SPAN><BR clear=all><BR>-- <BR>Carlos
Arévalo<BR>Coordenador Cinema FAC<BR>Cinema FAC - Fundação Assisense de
Cultura<BR>Rua Brasil, 15 - Centro - Assis - SP - (18) 3324-2605<BR>Veja a
programação em:<BR><A
href="http://www.cinemafac.blogspot.com">www.cinemafac.blogspot.com</A><BR></DIV></BODY></HTML>