<div dir="ltr">Caras e caros colegas,<br><br>Divido com vocês uma leitura que me pareceu muito oportuna para refletirmos sobre o ensino em tempos de Covid-19. <div><br></div><div>Trata-se de uma <a href="http://www.esquerdadiario.com.br/Lalo-Minto-O-que-tem-sido-implementado-como-EaD-quase-sempre-e-um-tipo-de-ensino-precario">entrevista</a> com com o professor da Faculdade de Educação da Unicamp, Lalo Minto, sobre quais são os projetos de educação à distância implementados no Brasil e como a pandemia do coronavírus está acelerando a implementação dessa forma de ensino.<div><br><div>Destaco dois trechos que me parecem cruciais: <br><br>"Uma coisa, portanto, é tomar a decisão de suspender atividades presenciais, elaborar planos de contingência etc., que devem ser feitos com rapidez. A outra coisa é tomar decisões sobre o ensino, a pesquisa, enfim, a formação das pessoas, o que foi feito num mesmo bloco, como se passíveis do mesmo tipo de reflexão e tratamento. Em suma, acho que faltou usar também do conhecimento acumulado na área da educação e, de modo geral, das ciências humanas. Isso não se confunde com o discurso oportunista sobre a “ciência” como solução para tudo, que tem sido naturalizado nesses tempos de pandemia. A ciência não é neutra, tem vínculo social, perspectiva de classe e orientação política". <div><br></div><div>"A desigualdade precisa ser vista como um processo, que é permanentemente reconstruído; não é apenas um ponto de chegada. As mesmas dificuldades que já operam, por exemplo, no acesso das camadas mais pobres às melhores universidades públicas, podem se intensificar se você adota agora medidas cujo diferencial vai ser justamente o poder aquisitivo das famílias, suas condições de habitação. Também há fatores que não operam apenas no imediato, como o das trajetórias individuais, percursos de formação, de acesso à cultura, enfim, elementos que – sabemos há muito tempo – interferem na distribuição das “oportunidades” escolares. Algumas instituições, porém, parecem ter “esquecido” disso nessa pandemia. É muito provável, portanto, que não vejamos tão rapidamente os impactos negativos de algumas das opções que estão sendo feitas agora. A probabilidade maior é que se diluam ao longo do tempo, de modo que daqui a alguns anos tenhamos um sistema de ensino ainda mais desigual".</div><div><br></div><div>Disponível em: <a href="http://www.esquerdadiario.com.br/Lalo-Minto-O-que-tem-sido-implementado-como-EaD-quase-sempre-e-um-tipo-de-ensino-precario">Texto da entrevista com Lalo Minto </a><br><br>Um abraço, <br><br clear="all"><div><div dir="ltr" class="gmail_signature" data-smartmail="gmail_signature"><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><span style="color:rgb(0,0,0);font-family:Helvetica;font-size:12px;letter-spacing:normal">Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann</span><br style="color:rgb(0,0,0);font-family:Helvetica;font-size:12px;letter-spacing:normal"><span style="color:rgb(0,0,0);font-family:Helvetica;font-size:12px;letter-spacing:normal">Departamento de Estudos Linguísticos, Literários e da Educação</span><br style="color:rgb(0,0,0);font-family:Helvetica;font-size:12px;letter-spacing:normal"><span style="color:rgb(0,0,0);font-family:Helvetica;font-size:12px;letter-spacing:normal">Unesp - FCL/Assis</span><br></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>