<div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-size:small"><font face="verdana, sans-serif">É com prazer que a Comissão de Publicações da FCL de Assis divulga o lançamento do Livro: <b><i>A DANÇA CONTINUA: A PLURALIDADE DA LITERATURA FEMININA.</i></b><br>O conteúdo do livro pode ser acessado através do link: <a href="https://www.assis.unesp.br/Home/pesquisa/publicacoes/a-danca-continua.pdf">https://www.assis.unesp.br/Home/pesquisa/publicacoes/a-danca-continua.pdf</a></font></div><div class="gmail_default" style="font-size:small"><font face="verdana, sans-serif"><br></font></div><div class="gmail_default" style="font-size:small"><font face="verdana, sans-serif">A página de publicações da FCl de Assis possui várias obras à disposição, podendo ser acessadas também pelo link:<b> </b><a href="https://www.assis.unesp.br/#!/pesquisa/publicacoes/">https://www.assis.unesp.br/#!/pesquisa/publicacoes/</a><br></font></div><div class="gmail_default" style="font-size:small"><b><font face="verdana, sans-serif"><br></font></b></div><div class="gmail_default" style="font-size:small"><b><font face="verdana, sans-serif">APRESENTAÇÃO</font></b></div><div class="gmail_default" style="font-size:small"><font face="verdana, sans-serif">A dança continua: a pluralidade da literatura de autoria feminina é um livro
que se originou das apresentações dos pesquisadores que participaram do IV Encontro
de Literatura de Língua Inglesa, evento promovido pelo Departamento de Letras
Modernas da Faculdade de Ciências e Letras de Assis, que aconteceu nos dias 08, 09 e
10 de novembro de 2021. O encontro teve como tema “a dança continua: 30 anos de
Wise Children, de Angela Carter - a pluralidade da literatura de autoria feminina”. O
evento, que tem se tornado tradicional na instituição, sempre decidiu se focar em
alguma obra que estivesse fazendo aniversário (centenário, bicentenário, etc.) naquele
ano para, a partir daí, refletir sobre o cânone, sobre as contemporaneidades e seus
reflexos na atualidade, buscando privilegiar a participação de antigos professores, outros
departamentos da faculdade e, também, abrindo para pesquisadores de fora, de forma a
propor um diálogo amplo, que questione e discuta a vitalidade do cânone e a
necessidade de sua ampliação.
Este livro, por ser oriundo da referida edição do Encontro de Literatura de
Língua Inglesa, tem como foco a escrita de mulheres, cujo percurso literário pode ser
considerado uma "escrita do avesso", pois é constituído por uma tradição alternativa à
cultura literária homogênea e patriarcal, conforme colocam Ana Gabriela Macedo e Ana
Luísa Amaral (2005). No âmbito da literatura inglesa, tal percurso foi mapeado por
Elaine Showalter (1977), que notou que as escritoras vitorianas desenvolveram
estratégias pessoais e artísticas, que lhes garantiam o direito de escrever. Os capítulos se
debruçam, de maneira geral, sobre a crítica literária feminista e a questão do gênero
como categoria de análise, de forma a englobar não apenas a literatura de língua inglesa,
mas a pluralidade da literatura de autoria feminina. Neles, são discutidas autoras como
Angela Carter, Flannery O’Connor, Alice Walker, Gilka Machado, Elvira Foeppel,
Liana Millu, entre outras.
Trata-se de uma coletânea dividida em três segmentos: “Literatura de Língua
Inglesa”, “Literatura Brasileira” e “Outros Contextos”. A primeira parte se inicia com
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texto de Edilene Bodenhausen que, em "A linguagem hermenêutica em O Morro dos
Ventos Uivantes", se dedica ao estudo do discurso hermenêutico presente no texto e
procura abordar símbolos, transfigurados em linguagem, que vão além dos padrões
literários que suportam tal visão. Já em "Anne of Green Gables (1908) e o romance de
formação feminino", Carla Ferreira e Pamela Augusto refletem sobre o texto de Lucy
Maud Montgomery como um Bildungsroman feminino. Por sua vez, em "Don't Call me
Bartha: choques culturais em Wide Sargasso Sea, de Jean Rhys”, Maria de Fátima
Marcari e Giovanna Duarte apontam algumas questões sobre os choques culturais que
constituem a narrativa, partindo da fortuna crítica do texto e de conceitos propostos por
Glissant (2005). Em "Retrato da adolescência "Tomboy" e o grotesco na representação
da personagem Mick Kelly, em The Heart is a Lonely Hunter (1940) de Carson
Mccullers", Adriana Conde descreve os aspectos que envolvem a caracterização da
personagem adolescente “tomboy”, Mick Kelly, a fim de explorar as relações de gênero
no referido texto, conectadas aos elementos da estética Gótica. Por sua vez, Débora
Barcala investiga o papel do insólito e do grotesco feminino nos contos “A Good Man
Is Hard To Find” e “Everything That Rises Must Converge”, de Flannery O'Connor, na
revisão e contestação do estereótipo da Southern Lady, em seu capítulo "O ideal de
mulher sulista e o grotesco em Flannery O'Connor".
Os três capítulos que seguem são dedicados à escritora Angela Carter, tema do
IV Encontro de Literatura de Língua Inglesa. Em "The Passion of New Eve, de Angela
Carter: uma análise das cavernas de Beulah", Carla Caldeira discute como se dão as
construções grotescas da personagem Mãe e da caverna, ressaltando também algumas
das alusões míticas trazidas pelo romance. Já Camila Menino e Cleide Rapucci
discutem, em "Refração nos contos de fadas: das raízes históricas até A Noiva do Tigre
de Angela Carter" aspectos relacionados à violência e à sexualização não são gratuitos
na coletânea de contos escrita por Carter. Por fim, Talita Rodrigues se foca na imagem
da duplicidade e as incertezas permeiam toda a trama do romance Wise Children,
caracterizada pelas relações entre realidade e ilusão, memória e literatura, que podem
ser vistas como os principais temas do livro, no capítulo "Quando a arte imita a vida: a
representação feminina e as relações de gênero em Wise Children". Cleide Antonia
Rapucci, em “A maternidade e o front: o que aprendi com Angela Carter”, reflete sobre
as questões enfrentadas pelas mulheres na atualidade, focando-se na maternidade.
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Também fazem parte do primeiro segmento desta coletânea os textos "Reflexões
e conclusões sobre a escrita de Alice Walker", de Tatiana Oliveira e Raphaella Oliveira,
"Uma análise das relações de poder na obra Small Island, de Andrea Levy” de Gabrielle
Tocarelli e Juliana Attie, "Nell Leyshon's The Colour of Milk: Victorianism for Young
Readers" de Eliane Galvão e Guilherme Magri e "Contos de fadas feministas para as
crianças de hoje: uma análise das personagens femininas do reconto 'Branca de Neve',
de Vita Murrow”, de Guilherme Ferreira e Maria Celeste Ramos. No primeiro desses
textos, as autoras buscam perscrutar a escrita de Walker fundamentada no womanism,
uma vez que acreditam que em suas obras está perceptível a realidade de vida do que é
ser mulher e negra em um país constituído pelo racismo. No segundo, as pesquisadoras
buscam analisar os processos de discriminação na construção das relações
socioestruturais, que são concebidas tendo a branquitude como ponto de referência para
diferir e estigmatizar o outro. No terceiro, discute-se a relação dialógica entre ficção e
história em The Color of Milk (2014), de Nell Leyshon, romance que (re)vê o contexto
vitoriano por meio da subversão que identifica a literatura pós-moderna de autoria
feminina. Por fim, o quarto compara o reconto “Branca de Neve”, de Vita Murrow,
presente na obra Lute como uma princesa: contos de fadas para crianças feministas
(2019) com a versão clássica dos irmãos Grimm.
O segundo segmento desta obra, “Literatura Brasileira”, se inicia com "Júlia
Lopes de Almeida na biblioteca escolar", texto de Joyce Moraes e Ana Clara Nery que
busca analisar a produção literária de cunho infantil da referida escritora. Em "A mística
feminina gilkiana: as imagens do corpo, da natureza e do eu", Caroline Buratti David e
Fabiano Rodrigo da Silva Santos refletem sobre as imagens da natureza e do corpo na
poesia de Gilka Machado como elementos fundamentais para a exploração da condição
feminina na sociedade. Por sua vez, em "A representação do silenciamento do feminino
no conto ‘Amor que se renova’, de Elvira Foeppel, Suely Leite e Maria Isadora
Camargo elegem o conto “Amor que se renova” para discutir a temática da mulher dos
anos dourados, que possibilita reflexões acerca da trajetória das mulheres reais e
também da importância de Elvira Foeppel para os estudos de resgate de autoras
apagadas na Historiografia Literária Brasileira. Suely Leite e Ana Paula da Silva
analisam comportamentos e discursos que envolvem a personagem Maria Rita, presente
no conto “A Bruxa”, de Jandyra de Almeida França, a forma como se estabelecem as
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exigências físicas sobre o corpo feminino na narrativa, bem como os padrões e
expectativas de gênero reproduzidos pela sociedade ao longo da história, em seu
capítulo "A representação dos traumas no conto 'A Bruxa", de Jandyra de Almeida
França”.
O terceiro e último segmento, “Outros Contextos”, se inicia com o texto "As
faces da resistência: escritas de autoria feminina da Shoah". Nele, Inara Xavier e Cátia
Andrade buscam analisar trechos dos livros: Et tu n’es pas revenu (2015), de Marceline
Loridan-Ivens, Paisagens da Memória: autobiografia de uma sobrevivente do
Holocausto (2005), de Ruth Klüger e Eu sobrevivi ao Holocausto, de Nanette Blitz
Konig (2019). Já em "Mulher, judia, escritora e partigiana: as representações da
memória do traumas nas obras de Liana Millu", Laís Martins e Cátia Andrade analisam
a representação do trauma da Shoá nas obras Dopo il fumo Sono il n. A 5384 di
Auschwitz Birkenau (1999) e Tagebuch: Il diario del ritorno dal lager (2006), ambos de
Liana Millu, sobrevivente de Auschwitz. Por sua vez, em "A liberdade sexual feminina
em tempos de ditadura: um olhar para A Madona, de Natália Correia", Vivian Furlan
(re)vê e (re)lê o gesto corajoso de Natália Correia quando dribla a censura salazarista,
mostrando como a luta pela igualdade entre os gêneros e pela liberdade sexual se faz
muito nítida no projeto literário da escritora. O trabalho de Vivian Aparecida P. Pinto e
Sandra Ferreira e recebe o título “Ana Hatherly e o Barroco: um estudo da Revista
Claro-Escuro (1988-1991). Neste, as autoras destacam a idealização da Revista
Claro-Escuro e sua influência na produção de Ana Hatherly que atuou como diretora da
revista acadêmica. O texto que encerra esta coletânea é de Kátia Miranda e Fernanda
Ribeiro intitulado "Releituras do protagonismo feminino e literário de Victoria Ocampo
em Las Libres del Sur (2004)”, as autoras discutem o protagonismo literário e feminino
da escritora Victoria Ocampo na referida obra, que permite, dentre outros aspectos,
problematizar a discussão sobre o papel social desempenhado pela mulher, assim como
a busca de lugar para emissão de sua voz.</font></div><div class="gmail_default" style="text-align:center;font-size:small"><span style="text-align:right"><font face="verdana, sans-serif">Cleide Antonia Rapucci</font></span></div><div class="gmail_default" style="text-align:center;font-size:small"><span style="text-align:right"><font face="verdana, sans-serif">Débora Baliello Barcala</font></span></div><div class="gmail_default" style="text-align:center;font-size:small"><span style="text-align:right"><font face="verdana, sans-serif">Guilherme Magri da Rocha  </font></span></div><div><font face="verdana, sans-serif"><br></font></div><div><font face="verdana, sans-serif"><img src="cid:ii_ldu8r5ef0" alt="Capa A Dança Continua.png" width="584" height="826" style="margin-right: 0px;"><br></font></div><div><font face="verdana, sans-serif"><br></font></div><font face="verdana, sans-serif">-- <br></font><div dir="ltr" class="gmail_signature" data-smartmail="gmail_signature"><div dir="ltr"><font face="verdana, sans-serif"><span style="color:rgb(0,0,0);font-size:12pt"><b>Paulo César de Moraes</b></span><br style="color:rgb(0,0,0);font-size:16px"><font size="2" style="color:rgb(0,0,0)"><i>Assistente de Suporte Acadêmico I</i></font></font><div><i><font face="verdana, sans-serif">Coordenador da Comissão de Esportes<br>Membro da Congregação<br style="color:rgb(0,0,0)"></font></i><div style="color:rgb(0,0,0);font-size:12pt"><i><font face="verdana, sans-serif"><span style="font-size:small">Secretário da Comissão de Publicações</span><br></font></i></div><div style="color:rgb(0,0,0);font-size:12pt"><font face="verdana, sans-serif"><font size="2"><i>(18)3302-5617</i></font><br><br><font size="2" style=""><b style=""><i style="">"Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita"</i></b></font></font></div></div></div></div></div>