<div dir="ltr">Informações e inscrições<div><br></div><div><a href="https://www.inscricoes.fmb.unesp.br/index.asp?configurar=true&codEvento=14932" style="font-family:Verdana,Geneva,sans-serif;color:rgb(0,102,153);text-align:right;background-repeat:repeat-x;font-size:12px">LITERATURA, CULTURA E DIVERSIDADE NA OBRA DE MONTEIRO LOBATO</a><br><br><img src="cid:ii_lrqejfgk0" alt="lobatinho2.jpg" width="562" height="425"><br></div><div><br></div><div><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">Por
que ainda </span>ler<span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt"> </span><i style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">O Sítio do Picapau Amarelo</i><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">?
Eis uma pergunta que, constantemente, brota nas salas de aula e sempre ganha
força nos mais diferentes graus de escolarização: dos jovens iniciantes que,
com 10, 12 anos, ingressam no universo das letras, até os leitores mais velhos,
acadêmicos ou efetivos docentes da rede estadual ou municipal de ensino. As
justificativas para a rejeição de tal obra acumulam-se a cada ano: os livros
são enormes, volumosos, mais de cem páginas. Valem-se de poucas ilustrações, letras
miudinhas, nenhum atrativo. Fazem apologia ao racismo. O vocabulário está
distante do leitor contemporâneo.</span><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">O
mais interessante é que a maior parte dos argumentos emerge daqueles que ainda </span><i style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">não</i><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt"> se aventuraram pelas histórias de
Emília, Pedrinho e Narizinho. Logo, são afirmações antecipadas que acabam
refletindo os </span><i style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">pré-conceitos</i><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt"> do
leitor. </span><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">Mas
o que o </span><i style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">Sítio</i><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt"> tem de tão especial
assim? </span><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">Primeiro,
é importante situá-lo no tempo e no espaço. São histórias publicadas no início
da década de 1920, reunidas, mais tarde, em 1931, no livro </span><i style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">Reinações de Narizinho</i><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">. Até então, as publicações infantis
brasileiras eram lançadas a partir de uma visão “adultocêntrica”, ocupando-se
em exaltar, unicamente, valores como a submissão, a obediência, o recato e os bons
modos. Subvertendo essa ordem, a criança, com o </span><i style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">Sítio</i><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">, tem </span><i style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">vez e voz</i><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">.
Ganham força personagens infantis que se lançam em expedições fantásticas,
alargam seus horizontes culturais e </span>retornam, para<span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt"> casa, ávidos por novas
experiências. Os vilões e traidores, típicos dos contos de fadas tradicionais,
são relegados, aqui, a segundo plano, tendo em vista que a ficção lobatiana
prioriza, a cada capítulo, a busca pelo conhecimento. Muito antes das teses
“construtivistas” ocuparem o terreno educacional, </span><i style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">O Sítio do Picapau Amarelo </i><span style="font-family:tahoma,sans-serif;text-align:justify;text-indent:35.45pt">já enaltecia as experiências
desafiadoras, o encontro com o novo e a autonomia da criança. Desse modo, os
conteúdos escolares perdem seu aspecto “livresco” e tradicional, e são
“vivenciados” pelos garotos por meio de viagens a espaços inusitados onde
aprendem Gramática, História ou Geografia.</span><br></div><div><div><div>
<font face="tahoma, sans-serif"><span style="line-height:115%"> Considerando
esse painel, o ciclo de palestras <b>LITERATURA,
CULTURA E DIVERSIDADE NA OBRA DE MONTEIRO LOBATO</b> é marcado pela meta de
conduzir o público universitário, de LETRAS e HISTÓRIA, à obra de um dos
autores mais polêmicos da literatura brasileira – José Bento Monteiro Lobato –
e as personagens negras que povoam seu mundo ficcional. Nesse sentido, os
diversos espaços formativos – como a universidade - tornam-se, por conseguinte,
palcos para o efetivo debate em torno da versatilidade do texto lobatiano e das
relações étnico-raciais constantemente abordadas. Nosso objetivo, portanto, não
é julgar autor ou obra, mas problematizar as diversas temáticas sociais e os
artifícios estéticos que podem ser flagrados em sua literatura destinada a
leitores em formação. </span><br></font></div><div><br clear="all"><div><br></div><span class="gmail_signature_prefix">-- </span><br><div dir="ltr" class="gmail_signature" data-smartmail="gmail_signature"><div dir="ltr"><font color="#000000" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif"><b>Maria Isabel Coelho de Britto Machado</b></font><br style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;color:rgb(0,0,0)"><span style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;color:rgb(0,0,0)">UNESP - Câmpus Assis</span><br style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;color:rgb(0,0,0)"><span style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;color:rgb(0,0,0)">STAEPE - Seção Técnica de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão</span><br style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;color:rgb(0,0,0)"><span style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;color:rgb(0,0,0)">Tel: (18) 3302-5624</span><br></div></div></div></div></div></div>